No dia 18 de outubro, a Câmara Municipal de São Paulo sediou uma palestra sobre a Campanha de Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), uma iniciativa da Sociedade Paulista de Pediatria (SPP) em parceria com o Instituto Olinto Marques de Paulo e com a vereadora Janaina Lima.
O seminário foi conduzido pela vereadora, que propôs uma ementa que estabelece a obrigatoriedade de toda a rede municipal atuante no pré-natal orientar os pacientes sobre a importância de evitar o consumo de álcool na gravidez, a fim de prevenir a Síndrome Alcoólica Fetal. Além dela, outras personalidades engajadas na causa compuseram a mesa, como Marun David Cury, pediatra e diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina.
Janaina iniciou o encontro enfatizando que a Lei da Primeira Infância, para ela, é uma política que se internalizou dentro dos órgãos públicos, tomando maior proporção do que o habitual, o que é considerado algo bom, pois a proteção se inicia desde a gestação.
Em relação à campanha apoiada no fórum, a vereadora salienta: “Nós não iniciamos esta campanha hoje, demos início a ela no Terminal Santo Amaro, com uma série de serviços para a população, em uma caminhada de conscientização pelo calçadão de Santo Amaro, no dia 11 de outubro. Esta é uma pauta que tem adesão e vem sendo bem divulgada, mas precisamos falar sobre a SAF para que esta sigla fique mais conhecida”.
De acordo com ela, um a cada mil bebês nascem vítimas da síndrome, podendo ser submetidos a quadros de microcefalia, tendo que conviver ao longo da vida com distorções, problemas cognitivos e anormalidades físicas e comportamentais. “São muitas as consequências pelo tal ‘só vou dar um gole’. Para essa síndrome se manifestar, não existe uma quantidade específica de álcool que a pessoa possa ingerir. Para a SAF, basta um gole. Então, é importante que as pessoas tenham consciência disso”, alerta.
Marun Cury iniciou a sua fala especificando um dos deveres da Pediatria, pois uma das orientações que os profissionais da área devem dar sempre para as famílias está relacionada à responsabilidade paterna e materna, já que a criança costuma agir de acordo com o cenário que lhe é apresentado em casa.
“Quando a mulher grávida ingere álcool, ele circula no sangue da mãe, passa por todos os órgãos e chega ao corpo do embrião. Mas, o embrião não tem condições de metabolizar essa droga. Essa substância permanece circulando por horas e dias no corpo da criança. Então, imagine um ser, que às vezes possui gramas, sendo afetado dessa forma”, explica o diretor da APM.
Em conclusão, ele argumenta que para um ser se desenvolver física e emocionalmente saudável, é imprescindível que os pais tenham um planejamento, o que ele considera não existir tanto no Brasil.
Fotos: Divulgação/Reprodução Câmara Municipal de São Paulo