Congresso do CQH aborda tecnologia e gestão de Saúde do estado de São Paulo

Dos pilares de prioridades em Saúde do governo de São Paulo, três basicamente são relacionados à assistência adequada e ganho de eficiência, com conhecimento aplicado, Telemedicina, engajamento digital e eficiência operacional

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Dos pilares de prioridades em Saúde do governo de São Paulo, três basicamente são relacionados à assistência adequada e ganho de eficiência, com conhecimento aplicado, Telemedicina, engajamento digital e eficiência operacional.

E para apresentar os projetos de melhorias em tecnologia da atual gestão do estado, o 20º Congresso Brasileiro de Qualidade em Serviços de Saúde contou com palestra magna do assessor técnico do Gabinete da Secretaria de Saúde, Cícero Costa Viana Campanado, realizada em 26 de setembro.

Recentemente, o governo paulista lançou o aplicativo Remédio Agora, que permite o agendamento para a retirada de medicamentos em farmácia do estado. “Setecentos e cinquenta mil pacientes retiram 1 milhão de receitas por mês em nossas 37 farmácias de alto custo. A ideia da ferramenta é que a pessoa tenha a possibilidade de escolher o dia e horário e saiba de antemão se aquele medicamento está disponível para a retirada. Isso diminui o tempo de espera em fila e distribui melhor a demanda ao longo do mês; é uma racionalização do fluxo”, informa Campanado.

Já com o aplicativo Hora Marcada, o usuário consegue agendar, cancelar e remarcar consulta. O projeto piloto está sendo testado em Ribeirão Preto, com a expansão breve para as cidades de Jundiaí e Catanduva. “Com isso, esperamos diminuir o absenteísmo que está acima de 30%, o que resulta em um custo absurdo para a Secretaria, ao mesmo tempo com longas filas de espera e hospitais vazios”, avalia o especialista.

Telemedicina, histórico clínico e Big Data

Em Telemedicina, foram desenvolvidos os serviços de teleconsultoria (consulta de médico para médico) e teledermatologia (aplicativo em parceira com Hospital Albert Einstein). Médicos das unidades básicas de saúde tiram uma foto da lesão do paciente e a encaminham, por um aplicativo, para o dermatologista do Einstein. “O especialista faz o laudo e devolve para o médico da UBS o resultado, que dará o seguimento ao pedido de uma possível biopsia no Ame ou serviço de referência”, acrescenta o assessor técnico.

Na primeira etapa do projeto, 1.981 pessoas foram atendidas. Dentre os benefícios, houve uma triagem mais rápida para casos de câncer, redução de encaminhamentos e deslocamento de pacientes e capacitação médica na atenção básica.

O histórico clínico digital, outra iniciativa em andamento, objetiva integrar diversos serviços públicos de Saúde, a fim de possibilitar um atendimento mais assertivo ao usuário, evitando a descontinuidade e fragmentação da assistência, exames repetidos e diagnósticos impressivos, como exemplifica Campanado.

“Imaginamos um ganho de eficiência. Vamos supor que um paciente seja atendido em um pronto-socorro em São Paulo, depois é assistido em outra unidade de Ribeirão Preto. Com a integração tecnológica de informações, não será avaliado a partir do zero. Isso é necessário hoje, é um dever nosso, é um ganho de eficiência e segurança para o usuário.”

Por fim, com o projeto ambicioso Big Data, a Secretaria pretende convergir os mais de 50 bancos de dados. “Poucos ou quase nenhum conversam entre si, não há como cruzar e entender os processos. Por exemplo, se vou implementar um novo serviço de Dermatologia, preciso agregar pessoas que entendam de sistemas e discutir qual é o melhor local para a efetivação do serviço. E temos de olhar para as necessidades do paciente, sempre”, finaliza o assessor.