Na última sexta-feira, 18 de agosto, o Diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury, abordou as perspectivas e medidas tomadas pelo setor médico em relação à Reforma Tributária em entrevista ao telejornal Jovem Pan News.
Recentemente, a classe conquistou alguns ajustes no texto da Reforma que se encontra em votação no Senado Federal. “Nossa preocupação é que, como foi colocado até o momento, isso acabe acarretando um aumento de carga tributária. Por exemplo, para o médico de consultório que hoje recolhe 3,65%, passaria a recolher 12%; médicos com clínicas, que recolhem 5,56%, passariam a recolher, em média, 12% também. Então, haveria um aumento de quase 200% para a classe”, explicou Marun Cury.
Outra apreensão, segundo ele, é em relação às demissões, fechamento de consultórios, clínicas e desassistência da população, pois isso não pode ser repassado para a sociedade. “Entendemos que a Reforma Tributária não deve modificar o consumo, e vemos com bons olhos a implementação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), mas somos contra o aumento da carga tributária”, refutou.
Conforme o diretor da APM, houve uma reunião com Bernardo Appy, secretário especial de Reforma, para discutir o impacto que haveria no setor da Saúde caso a matéria fosse aprovada na maneira em que se encontrava. E, posteriormente, foi publicada a resolução que concedia 60% de redução para a classe médica. No entanto, mesmo com essa redução, ainda existem aflições.
Marun Cury também destacou ações realizadas pela Associação Paulista de Medicina, citando o manifesto da entidade, em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Sindicato de Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Estabelecimentos de Saúde no Estado de São Paulo (SINDHOSP). “Lançamos hoje um manifesto solicitando que tenhamos uma alíquota de redução de 70% para clínicas e hospitais, e que para o médico de consultório a alíquota seja zero, para que não tenha impacto na carga tributária”.
Foto: Reprodução JP News