Comunicado aos associados da APM, às Sociedades de Especialidades e Federadas da AMB

Os médicos de São Paulo estão perplexos com o teor do Ofício 132/2019 da Diretoria da Associação Médica Brasileira, envolvendo a Associação Paulista de Medicina, enviado no dia 29 de novembro aos presidentes das Federadas da AMB e das Sociedades de Especialidades

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Prezados,

Os médicos de São Paulo estão perplexos com o teor do Ofício 132/2019 da Diretoria da Associação Médica Brasileira, envolvendo a Associação Paulista de Medicina, enviado no dia 29 de novembro aos presidentes das Federadas da AMB e das Sociedades de Especialidades.

A APM esteve, desde o início desta gestão (nov/2017), impedida de participar das atividades da AMB, que impediu a posse dos Delegados de São Paulo no seu colegiado superior. Só conseguimos voltar à Associação Médica Brasileira por uma decisão judicial.

Na primeira Assembleia de Delegados que conseguimos participar, em 29 de outubro de 2019, o conteúdo da pauta que seria discutida e votada a partir das 9 horas só nos foi apresentado após às 2 horas da manhã do dia do evento, nos impedindo de fazer a devida análise prévia.

Para agravar a situação, durante a apresentação da prestação de contas da Associação Médica Brasileira nesta referida Assembleia, foi informado haver um desvio de dinheiro na casa dos R$ 50 milhões.

Diante de tudo isso, não poderíamos considerar a possibilidade de aprovar tal prestação de contas, que nos foi enviada poucas horas antes da votação e que continha esses fatos graves que careciam de explicações. A Associação Paulista de Medicina não apenas rejeitou as contas, como pediu um detalhamento dos fatos.

Entendemos que face a algo tão grave, a AMB deveria constituir uma comissão independente, formada por representantes de suas Federadas, para acompanhar as investigações sobre o assunto. E que seus tesoureiros se mantivessem afastados da condução desta matéria, de forma a preservar suas imagens.

Fazemos esta proposta esperando que ela seja considerada e buscando o fortalecimento da Associação Médica Brasileira. O que nos preocupa é a falta de transparência, a malversação de recursos e a condução inadequada de um gravíssimo problema. É necessário que se tome uma atitude correta.

Quanto a Associação Paulista de Medicina, cabe-nos dizer que nos últimos oito anos dobramos nosso patrimônio. Construímos um edifício de 22 andares, com 117 apartamentos que hoje encontram-se quase todos locados, com uma renda mensal acima de R$ 100 mil. A construção foi realizada totalmente com recursos próprios, sem empréstimo ou financiamento.

Temos hoje recursos em aplicações financeiras dez vezes maiores que o saldo apresentado pela AMB. Além disso, reformamos várias de nossas sedes Regionais em todo estado de São Paulo. Nossos delegados conhecem detalhadamente as finanças da APM e todo ano recebem com muita antecedência a prestação de contas, para que possam analisá-la com detalhes. Este sim é um exemplo de responsabilidade e transparência no trato dos recursos de uma Associação. 

José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina