Chikungunya: casos crescem 35% no Brasil em 2023; saiba como prevenir

O número de casos de chikungunya no Brasil aumentou expressivamente em 2023

O que diz a mídia

O número de casos de chikungunya no Brasil aumentou expressivamente em 2023. Até o dia 24 de abril foram registrados 83.942 casos prováveis da doença no país, em mais de 2 mil municípios. Há ainda 19 óbitos e 35 casos em investigação. Segundo dados do mais recente informe do Ministério da Saúde, o número é 35% maior ao registrado no mesmo período do ano passado.
A região Sudeste apresenta o maior coeficiente de incidência. Os estados com maiores números de casos são Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Em março, a pasta alertou para o aumento dos casos de arboviroses como dengue, Zika e chikungunya no país e decidiu instalar o Centro de Operações de Emergências (COE), com o objetivo de elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e óbitos.
Dengue e zika Também foram registrados 864.147 casos prováveis de dengue, em mais de 4,5 mil municípios e 291 óbitos. Um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já os casos de zika cresceram 289% em 2023. Até 24 de abril, foram registrados 6.295 casos prováveis da doença em 538 municípios.
Sintomas e transmissão Assim como a dengue e a Zika, a chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Entre os principais sintomas estão a febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações — diferença principal entre ela e a dengue. Na primeira a dor é mais intensa e afeta principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos. Em mais de 50% dos casos, a artralgia, ou seja, as dores nas articulações, tornam-se crônicas, podendo persistir por anos.
O paciente ainda pode apresentar dores nas costas, pelo corpo, erupções avermelhadas na pele, dores de cabeça, dor de garganta, calafrios, náuseas, vômitos e diarreias (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).
Ainda não há tratamento antiviral específico para a doença, apenas para o controle dos sintomas. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação.
Prevenção As mesmas dicas de prevenção contra a dengue valem para a chikungunya, ou seja: Certifique que caixas d’água e outros reservatórios estejam devidamente tampados; Retire folhas ou outro tipo de sujeira que podem gerar acúmulo de água nas calhas; Guarde pneus em locais cobertos; Guarde garrafas com a boca virada para baixo; Realize limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos; Ainda é possível adotar medidas de prevenção individual como uso de roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos. Uso de repelentes e inseticidas e instalação de mosquiteiros ajudam a complementar a proteção.

Fonte: O Globo Online.