Após as apresentações de abertura, Derrick Muneene, da área de Saúde Digital e Inovação da Organização Mundial da Saúde (OMS), iniciou a programação do 2º Global Summit Telemedicine & Digital Health, que ocorre de 13 a 16 de outubro de 2020, de forma digital. O presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes do Amaral, foi o moderador da mesa virtual.
O palestrante começou destacando que todas as ações da OMS em Saúde Digital e Telemedicina objetivam aumentar a expectativa de vida saudável em todo o mundo. Segundo a apresentação, 58% dos países membros da Organização possuem estratégias de Saúde Digital, 55% têm legislações de proteção dos dados de pacientes e 87% contam com iniciativas nacionais em m-Health (mobile health).
Muneene mostrou, também, que a OMS possui uma resolução global com ações de Saúde Digital previstas para 2020-2024, com guias, objetivos e planos de atuação para os países. Conforme o palestrante, o objetivo é melhorar a saúde de todos, em todos os locais, acelerando o desenvolvimento e a adoção de apropriadas soluções digitais em Saúde.
“O primeiro objetivo é promover colaboração global na transferência do conhecimento em Saúde Digital; depois, avançar na implementação de estratégias nacionais em e-Health; também fortalecer a governança para Saúde Digital em níveis nacional e global; por fim, defender o acesso das pessoas a sistemas de saúde com ações digitais”, complementou o representante da OMS.
Amaral, após o fim da palestra, parabenizou a entidade pelo importante trabalho que vem fazendo em prol do desenvolvimento da Saúde Digital nos diferentes países e trouxe perguntas da plateia. Uma delas foi acerca das barreiras para implementação das estratégias de e-Health.
Derrick Muneene apontou que é muito importante pensar nesse sentido, pois sem identificar barreiras, não podemos superá-las e efetivar as ações desejadas. “Há falta de padrões nos países. E eles são muito importantes, pois soluções requerem interação. Na OMS, há pacotes com guias para os países membros baixarem, como a Classificação Internacional de Doenças (CID), e queremos ampliar.”
Também estimulado pelo presidente da APM, o diretor da OMS falou que um dos princípios da Organização é não deixar ninguém para trás. Ele se referia às populações que não têm acesso à internet. “É importante pensar neles. Trabalhamos com agências de telecomunicação para saber como podemos ceder aparelhos portáteis a essas pessoas, garantindo que possam se beneficiar da Saúde Digital. Quando vamos desenhar soluções digitais, temos que pensar nelas”, afirmou.
O Global Summit Telemedicine & Digital Health 2020 segue até o dia 16 de outubro, de forma virtual. Mais informações em telemedicinesummit.com.br.