O mais recente boletim do Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (CEM Covid_AMB), divulgado na última terça-feira (11), informa que a nova variante do coronavírus, XXB.1.5, é a cepa com a maior capacidade de transmissão analisada até o momento – de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
A variante, identificada inicialmente no território da China e responsável pela nova onda de casos de Covid-19 nos Estados Unidos (local em que a mutação é chamada de Kraken), tem características que consolidam alta capacidade de transmissão da infecção, de modo que possuem um considerável grau de escape imune – o que pode reduzir a eficácia dos anticorpos fornecidos através da vacinação ou por possíveis infecções prévias, possibilitando maiores chances de contaminação.
Todavia, apesar dos riscos mencionados e do aumento no número de casos provocados pela variante, não foram registrados relatos de ampliação de gravidade em relação às variantes anteriores em pessoas com o esquema vacinal completo – contendo em dia, principalmente, as doses de reforço recomendadas.
Por este motivo, as entidades médicas reforçam que é fundamental manter o esquema vacinal atualizado, já que, caso contrário, o risco de complicações, sequelas e até mesmo óbitos será muito maior.
Situação no País
Em relação ao Brasil, a variante XBB.1.5 já foi identificada. Contudo, devido ao fato de estar saindo de uma recente onda de aumento no número de casos – ocasionado pelas variantes BQ.1 e XBB.1 –, não é possível antecipar de que forma a nova cepa irá conduzir-se.
Através do Boletim e conforme as recomendações do Ministério da Saúde, a Associação Médica Brasileira reitera que pessoas com mais de 5 anos já devem ter tomado, ao menos, uma dose de reforço no esquema vacinal contra a Covid-19; enquanto pessoas com 40 anos ou mais devem possuir duas doses de reforço, que pode ser realizado através das vacinas disponibilizadas nas Unidades de Saúde presentes em cada município.
O CEM Covid_AMB é uma ação realizada entre a AMB, suas federadas e as sociedades de especialidades. Desde março de 2021, o Comitê visa monitorar a situação da pandemia no território nacional, bem como os atos realizadas pelos órgãos de saúde pública a fim de conter o vírus, no intuito de consolidar informações e, assim, fornecer orientações de cuidados e prevenção aos profissionais da Saúde e à população.
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