Mortalidade infantil: mais de 240 mil óbitos foram registrados no Brasil desde 2015

 O óbito infantil corresponde à morte que ocorre em crianças nascidas vivas até um ano de idade incompleto, ou seja, 364 dias. No período de 2015 a 2021, foram registrados 244.307 óbitos infantis no Brasil

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O novo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, apresenta dados sobre mortalidade infantil no Brasil.  O óbito infantil corresponde à morte que ocorre em crianças nascidas vivas até um ano de idade incompleto, ou seja, 364 dias. O óbito nessa faixa etária é dividido em três subgrupos: neonatal precoce (zero a seis dias), neonatal tardio (sete a 27 dias) e pós-natal (28 a 364 dias).

No período de 2015 a 2021, foram registrados 244.307 óbitos infantis no Brasil. Nos anos de 2015 e 2021, ocorreram 37.501 e 31.730 óbitos, respectivamente, representando uma redução de 15,3% no período.

No ano de 2021, ocorrem 11.001 (34,7%) óbitos na região Sudeste, 10.038 (31,6%) óbitos na região Nordeste, 4.593 (14,5%) óbitos na região Norte, 3.420 (10,8%) óbitos na região Sul e 2.678 (8,4%) óbitos na região Centro-Oeste.

As Unidades Federativas (UF) que mais registraram óbitos em 2021 foram São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará com 5.427 (17,1%), 2.758 (8,7%), 2.570 (8,1%), 2.413 (7,6%) e 2.008 (6,3%) casos, respectivamente.

No mesmo ano, foram registrados 16.669 óbitos neonatais precoces, 5.702 óbitos neonatais tardio e 9.353 óbitos pós-neonatais. As regiões Sudeste e Nordeste concentram a maioria dos óbitos em todos os subgrupos.

A taxa de mortalidade infantil (TMI) apresentou um declínio entre 2015 e 2021 em todas as regiões do Brasil, com exceção do Sudeste. Os destaques são a região Norte, que apresentou TMI de 16,6 em 2015 e 11,9 em 2021 e a região Nordeste, onde a TMI variou de 15,2 para 12,5 em 2015 e 2021, respectivamente. No Sudeste, o aumento foi de 11,8 em 2015 para 14,9 em 2021, por 100 mil nascidos vivos.

No período analisado, as causas de morte infantil com maior ocorrência foram as afecções originadas no período perinatal, com 18.468 casos (58,2%) em 2021, seguido das malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas, com 7.311 (23%) casos em 2021.

No grupo das afecções originadas no período perinatal, destacam-se os transtornos respiratório e cardiovascular específico. Já no grupo malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas, destacam-se as anomalias congênitas do aparelho circulatório e anomalias congênitas do sistema nervoso.

Por fim, o boletim destaca que as mortes infantis são, em sua maioria, consideradas evitáveis, porém, é necessário considerar desafios como diferenças regionais e o acesso adequado aos serviços de saúde. Sugere-se um olhar atento para a saúde da mulher, tendo em vista que grande parte dos óbitos infantis ocorrem por fatores maternos.