Ocupação em UTI covid tem alta de 65% na Grande São Paulo

Em 25 de outubro, eram 215 pessoas nessa condição. Na terça-feira, o número passou para 335

O que diz a mídia

Em meio à alta de casos de covid19 no País e a identificação de novas subvariantes em território nacional, o número de pacientes internados com coronavírus em unidades de terapia intensiva (UTIs) da Grande São Paulo cresceu 65,1% nas últimas duas semanas, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde paulista. Em 25 de outubro, eram 215 pessoas nessa condição. Na terça-feira, o número passou para 335.
O número de hospitalizados em leitos de enfermaria teve aumento ainda maior, passando de 364 para 660 no mesmo período, alta de 81,3%.
Considerando os números de todo o Estado de São Paulo, o aumento foi inferior, mas ainda expressivo. O número de hospitalizados em UTIs com diagnóstico de covid-19 saltou de 288 para 448 no período, alta de 55,5%. Já os hospitalizados em enfermaria foram de 555 para 832 no intervalo de duas semanas, aumento de 49,9%. Apesar do aumento rápido de internações, os números ainda são inferiores aos registrados nas ondas anteriores da pandemia. “Temos um porcentual muito baixo de ocupação de leitos frente ao que a gente tinha. No pico da segunda onda, tivemos 13.520 leitos ocupados. Em janeiro deste ano (durante o pico causado pela variante Ômicron), tivemos 4.560”, disse ao Estadão o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
MÁSCARAS. O secretário disse, porém, que o governo não descarta reavaliar medidas como a volta da obrigatoriedade de uso de máscaras em alguns ambientes, caso os números de internados continuem aumentando.
“Nós estamos acompanhando.
Se forem necessárias medidas mais austeras, como o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em transporte público, avaliaremos. Os números darão a pauta de qualquer decisão”, afirmou.
O cenário fez a Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do governo de São Paulo emitir um alerta sobre o aumento expressivo na transmissão da doença no Estado e apresentar uma série de recomendações para reduzir o risco de contaminação.
Entre as medidas recomendadas estão a aplicação das doses de reforço aos adultos maiores de 18 anos que ainda não as tomaram e o uso de máscaras em locais de maior risco, como transporte público, serviços de saúde e farmácias.
Também se reforça a necessidade de aumentar a cobertura vacinal das crianças. O Estado começa a receber as primeiras doses para bebês (mais informações nesta página).

Fonte: Fabiana Cambricoli / O Estado de S.Paulo