Pólio: apelo por vacinação

A baixa adesão da população à vacina contra a poliomielite levou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a renovar o apelo para que pais e responsáveis vacinem os filhos contra a doença.

O que diz a mídia

A baixa adesão da população à vacina contra a poliomielite levou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a renovar o apelo para que pais e responsáveis vacinem os filhos contra a doença.

A taxa de vacinação no país está inferior a 70% — longe da meta do ministério de imunizar 95% das crianças abaixo de cinco anos.

A poliomielite é uma doença infecciosa aguda sistêmica, que pode causar paralisia. O agente causal é o poliovírus, que tem três sorotipos. Estes, ao infectarem o ser humano, multiplicamse predominantemente no trato gastrointestinal e, mais raramente, nos neurônios motores das células do corno anterior da medula, fato que leva a um quadro de paralisia flácida.

Queiroga citou a baixa adesão à Campanha Nacional de Vacinação realizada entre 8 de agosto e 30 de setembro, e reforçou que as vacinas continuam disponíveis nos postos. “Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis: vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil”, disse o ministro, em pronunciamento em rede de TV nacional, na noite de domingo. “Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais já existem vacina há tanto tempo”, acrescentou Queiroga.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) tem alertado que Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru correm risco altíssimo de reintrodução da poliomielite devido a baixa adesão à vacina.

A campanha de vacinação contra a pólio teve início em 8 de agosto, com previsão de acabar em 9 de setembro. No entanto, foi prorrogada devido a baixa adesão do público alvo.

O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Opas a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, especialistas têm alertado frequentemente sobre os riscos da baixa cobertura vacinal.

“As pessoas estão perdendo interesse. No Brasil as taxas de cobertura vêm caindo desde 2015. A vacinação contra sarampo e rubéola também está baixa. Nessa situação, o vírus pode sofrer uma mutação”, alertou o pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, Edson Elias.

Fonte: Correio Braziliense