Brasil registrou mais de três mil casos e 670 mortes por meningite entre 2018 e 2022

Com o avanço no número de casos de meningite no País, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde publicou novas informações sobre a doença em seu mais recente boletim epidemiológico.

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Com o avanço no número de casos de meningite no País, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde publicou novas informações sobre a doença em seu mais recente boletim epidemiológico. De acordo com a pasta, entre o período de 2018 e 2022, o Brasil confirmou 3.049 casos de doença meningocócica (DM), com ocorrência de 677 mortes.

A maior incidência de casos se deu no ano de 2018, com o registro de 1.132 notificações. Já em relação aos óbitos, o maior número ocorreu em 2019, com 251 registros.

No período analisado, houve registro de casos de meningite em todas as 27 unidades federativas, com alta incidência na região Sudeste, que notificou 1.677 casos (55%), seguida do Sul (527 casos; 17,3%), Nordeste (468 casos; 15,3%), Norte (224 casos; 7,3%) e Centro-Oeste (151 casos; 5%). O boletim destaca que o estado de São Paulo registrou o maior número de casos, 1.147 (37,6%).

Já em relação aos óbitos, notou-se registros em todas as UFs, ocorrendo com maior frequência na região Sudeste, com 367 casos (54,2%), seguida do Nordeste (131 casos; 19,4%), Sul (92 casos; 13,6%), Norte (47 casos; 6,9%) e Centro-Oeste (40 casos; 5,9%). Ressalta-se que o estado de São Paulo também registrou o maior número de óbitos no período, com 224 (33,1%).

Referente à letalidade, o Nordeste apresentou as taxas mais elevadas no ano de 2018 (27,5%) e 2020 (32,4%). Já o Centro-Oeste evidenciou as maiores taxas de letalidade (37%) em 2019 e 2022 (42,9%). Em relação ao ano de 2021, a taxa mais alta ocorreu na região Norte (33,3%).

Principais afetados

Segundo o boletim, os casos ocorreram com mais frequência em pessoas do sexo masculino, com o registro de 1.658 casos (54%) em todo o período de pesquisa. Em relação à raça/cor, indivíduos autodeclarados brancos (1.260 casos; 41,3%) e pardos (1.225 casos; 40,2%) foram os mais acometidos.

Os maiores coeficientes de meningite ocorreram em crianças menores de cinco anos de idade, principalmente em menores de 1 ano.

Entre os anos de 2020 e 2021, observou-se redução significativa no coeficiente de incidente em todas as faixas etárias, com aumento de casos entre menores de um ano a partir do primeiro semestre de 2022. Além disso, o índice de letalidade média da doença foi mais elevado em indivíduos com faixa etária maior ou igual a 60 anos (27,8%).

Vacinação

A vacinação de rotina ocorre em crianças menores de um ano de idade, e a meta a ser alcançada é de 95% de cobertura.

Segundo informações do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), as coberturas vacinais foram alcançadas apenas nos primeiros cinco anos da série histórica. Entretanto, nos últimos seis anos, apresentaram constante queda: 2016 (91,7%), 2017 (87,4%), 2018 (88,5%), 2019 (87,4%), 2020 (78,6%) e 2021 (70,9%).

Diante do cenário, a vacinação contra a doença é a forma mais eficaz para a prevenção dos subtipos.