Buscando reposicionar alinhamentos e fortalecer a parceria com as sociedades de especialidades, a Associação Paulista de Medicina vem realizando uma série de reuniões desde o início de junho. E na última quinta-feira, 8 de setembro, a entidade recebeu a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), representada pelo seu presidente, Marco Aurélio Vamondes Kulcsar.
O presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, esteve acompanhado do 2º vice-presidente da entidade, Antônio José Gonçalves, relembrando o que motivou a Associação a buscar esta reaproximação com as sociedades de especialidade. “Começamos a fazer essas reuniões a partir da necessidade de revermos o nosso modelo enquanto associativismo. Não faz sentido não termos uma representação das próprias especialidades dentro da Associação Paulista de Medicina, já que precisamos ter um constante alinhamento com elas.”
Amaral relembrou que os associados que fazem parte da especialidade, neste caso a Cirurgia de Cabeça e Pescoço, são bem-vindos para apresentarem suas demandas. Por este motivo, é necessário um termo de convênio que alicerce tal parceria, a tornando oficial.
Organização
De acordo com Kulcsar, pelo fato de a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço ser relativamente pequena, é mais fácil promover o que está sendo proposto, possibilitando o comprometimento com o projeto em questão. O médico, que já teve uma participação ativa na Associação Médica Brasileira, relembrou que a profissão vive, infelizmente, um momento crítico e de muito atrito.
“Precisamos pensar em como vamos agregar todo mundo. Eu vejo a situação e me preocupo muito porque os meus médicos que se formam em São Paulo estão perdidos e acabam não indo trabalhar na Cirurgia de Cabeça e Pescoço, mas em outra especialidade, como Cirurgia Geral, por exemplo. Então, tudo o que vocês puderem nos ajudar vai ser muito útil”, manifestou.
O presidente da SBCCP destacou que atualmente há 840 associados em sua sociedade, de modo que atuam diretamente com 150 cirurgiões abaixo dos 35 anos, que não sabem da forte atuação da Associação Paulista de Medicina e da Associação Médica Brasileira em prol da defesa da classe, sendo fundamental promover os trabalhos efetuados por ambas as instituições.
“As sociedades de especialidade menores não sobreviverão se não tiverem uma mãe, papel que cabe à APM e à AMB. Essa é uma forma de manter o associativismo vivo. Podemos ofertar o que temos de melhor uns ao outros e tornar tudo isso que estamos pensando em algo muito interessante. Se todas as associações puderem participar dentro desse modelo, só vamos andar para frente”, destacou o convidado.
Facilidades
Durante a reunião, também foi feita a tradicional apresentação contendo os principais serviços, benefícios e facilidades oferecidos pela Associação Paulista de Medicina para amparar o médico em todos os âmbitos de sua vida, profissional ou pessoal. O presidente da APM destacou ainda que a entidade possui uma forte atuação junto à Assembleia Legislativa, Senado Federal e Câmara dos Deputados, além de intersecção com outros segmentos da sociedade civil organizada, o que contribui para articular movimentos com muito mais força e consolidar reivindicações.
O encontro também contou com a presença de Gisele Glavtcheff, gerente da Unicred, que pontuou de que maneira a empresa trabalha para atender seus clientes, com qualidade e de forma diferenciada do que se vê no mercado, uma vez que seus fundadores também são médicos. “Estamos em um projeto de expansão, e a APM foi a primeira instituição que contatamos. Trazemos uma série de benefícios para o médico, com redução de custos e descontos muito interessantes. Por entender as necessidades destes profissionais, gostaríamos de trabalhar com as especialidades”, explicou.
A reunião foi finalizada pelo presidente da APM, que relembrou que a Associação já possuía um termo de convênio com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, assinado em 2006, mas que a nova proposta de documentação traz uma relação com as especialidades mais ampla, eficiente e moderna.
Texto: Julia Rohrer
Fotos: Marina Bustos