Ministério passa a recomendar a 3ª dose de vacina para adolescentes

O Ministério da Saúde decidiu ontem ampliar a recomendação da dose de reforço contra a covid-19 para adolescentes entre 12 e 17 anos. A dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda injeção, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente.

O que diz a mídia

O Ministério da Saúde decidiu ontem ampliar a recomendação da dose de reforço contra a covid-19 para adolescentes entre 12 e 17 anos. A dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda injeção, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente.

A medida é tomada em meio ao aumento do número de casos do novo coronavírus no País.
Caso não haja estoque do imunizante da Pfizer, afirma o ministério, pode ser usada a Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac. Os dois produtos são autorizados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária. Adolescentes grávidas e puérperas (aquelas que tiveram filhos há poucas semanas) também devem buscar a proteção.

No caso de adolescentes imunossuprimidos – como transplantados ou pacientes oncológicos –, as autoridades recomendam somente a vacina da Pfizer.

RISCO

Especialistas têm alertado sobre a baixa adesão de crianças e adolescentes em relação à vacina. As doses de reforço, de acordo com pesquisas, aumentam o nível de proteção contra a doença e ajudam a fechar o cerco contra nova cepas do vírus. Novas variantes da Ômicron, mais transmissíveis, têm sido identificadas em várias partes do mundo.

A Prefeitura de São Paulo havia enviado ofício ao Ministério da Saúde pedindo a ampliação do público-alvo da terceira dose, diante da alta do contágio na cidade. A média móvel de infecções de covid19 ficou em 22.527 casos nesta sexta, o maior valor desde 3 de abril, conforme dados levantados pelo consórcio de veículos de imprensa com as secretarias estaduais de Saúde.

O Brasil registrou 117 novas mortes pela doença nesta sextafeira. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 110 – pelo terceiro dia seguido acima de 100 e com tendência de alta.

MÁSCARAS

A alta de casos de covid e o aumento de internações pediátricas por vírus respiratórios também motivam especialistas a recomendar a volta do uso de máscara nas escolas, mesmo em crianças pequenas.
O uso da proteção facial só não foi obrigatório em nenhum momento para menores de 2 anos pelo risco de dificultar a respiração e de asfixia. Para os maiores, o uso é indicado, principalmente, em ambientes fechados.

A causa principal do aumento de internações são os vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o influenza (gripe), comuns nesta época, além da covid-19. A diferença neste ano, dizem médicos, é que um número alto de bebês e crianças teve contato com esses vírus ao mesmo tempo, após dois anos de pandemia em que ficaram isoladas em casa.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que seja feito o uso de máscaras a partir dos 7 anos em relação ao novo coronavírus. No entanto, no Brasil temos tido boas experiências com crianças mesmo entre 2 e 3 anos. Mantendo a máscara bastante ajustada, sem problemas. Dentro das salas de aula, na medida do possível, é bom que as crianças usem as máscaras”, diz Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Fonte: O Estado de S.Paulo